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Arquivo Jurídico

Revista Jurídica Eletrônica da UFPI

ISSN 2317-918X

Violência e rivalidade na obra de Thomas Hobbes: ou das causas que levam à construção da ordem político-jurídica

Wilson Franck Junior

Resumo

Doutorando e mestre em Ciências Criminais pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Criminais da PUCRS, Porto Alegre-RS, Brasil. E-mail: wilsonfranckjunior@gmail.com

O autor propõe-se a realizar uma interpretação da teoria política de Thomas Hobbes a partir da antropologia mimética de René Girard. Desenvolve a tese de que a ideia de Estado de Hobbes é uma resposta à violência eclodida nas guerras de religião, procurando descortinar o mecanismo mimético por trás da teoria hobbesiana do conflito civil. Partindo da premissa de que Hobbes propõe-se a salvar a teoria do Estado, elaborando um sofisticado sistema de poder a partir da hipótese de uma violência que precede e justifica o poder soberano, desenvolve a hipótese de que a rivalidade mimética é a causa da discórdia que, em estado de natureza, conduz, sob efeito do medo, pela via diplomática da paz jurídica, ao Leviatã.

Palavras-chave

Guerra civil. Violência. Thomas Hobbes. Estado moderno. Teoria mimética (René Girard).

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